As ações também foram realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
Foi desencadeada uma operação da Polícia Civil (PC) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na mira o crime de roubo de carros e o desmanche e venda de peças desses veículos na vila Canaã, em Goiânia. As polícias cumpriram nesta terça-feira (23), 35 mandados de prisão, dentre lojistas, motoristas e gerentes, e 71 mandados de busca e apreensão, em 28 lojas e em 43 residências.
Em Goiás, foram cumpridos mandados em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo. Também há cumprimentos em Ceilândia, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e nas cidades paulistas de Mogi das Cruzes, São Paulo, Osasco, Cotia, Sorocaba e Torre de Pedra.
Conforme a polícia, os veículos, roubados no estado paulista, eram rapidamente cortados, tendo seus sinais identificadores adulterados ou suprimidos, com o objetivo de serem despachados em caminhões para Goiás.
De acordo com a PRF, a investigação começou há um ano e meio, depois que um caminhão vindo de São Paulo com nota fiscal de carga de sucata de carros foi abordado em Morrinhos. O caso passou a ser monitorado e foi descoberto que carros roubados em São Paulo estão sendo desmanchados e as peças trazidas para venda no comércio irregular de Goiânia, na Vila Canaã.
As investigações
Segundo Rafaela Azzi, delegada adjunta da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), para praticar o comércio das peças em Goiás, várias pessoas participam do esquema criminoso. Ao todo, 20 pessoas já foram presas nesta terça-feira (23).
“Temos identificados já os assaltantes em São Paulo, as pessoas que pegam esses veículos e os cortam em partes, há quem os adultere, quem suprime o sinal identificador [dos veículos], os motoristas que transportam as peças com o conhecimento de aquela carga é produto de crime, e os comerciantes que as encomendam”, afirmou Rafaela.
Quanto aos mandados cumpridos no Rio de Janeiro e em Ceilândia (DF), a delegada explicou que os respectivos alvos são pessoas jurídicas que na verdade se tratam de empresas de fachada.
“Temos empresas de fachada no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, que emitem notas fiscais que não existem para acobertar esse trânsito de mercadorias. O comerciante usa uma nota fiscal que não é para ele, então esse comerciante nunca vai dar saída da mercadoria porque ela nunca entrou de fato”, enfatizou.
A delegada Rafaela Azzi disse que as investigações seguem e os crimes investigados pela operação são furto e roubo, adulteração de sinal identificador, organização criminosa e receptação.
FONTE: JORNAL DO VALE