O Globo Repórter desta sexta-feira (16) destacou uma paixão nacional: os animais de estimação.
O Globo Repórter desta sexta-feira (16) falou sobre uma paixão nacional: os animais de estimação. O programa acompanhou histórias de amor e afeto entre seres humanos e os bichos, destacando os benefícios dessa convivência. Saiba mais abaixo.
No caso da Jady Oliveira e o cão guia Wally, esse amor se tornou uma parceria inseparável.
“Nunca mais estar sozinho, né? Ele está junto comigo o tempo inteiro. Até para dormir está junto também”, conta a operadora de caixa.
O cãozinho trouxe à ela independência no trabalho, na rua, no transporte público e mais do que isso:
“Uma vez eu estava na rua no centro da cidade e começaram a me seguir. Eu ouvi passos bem perto de mim e nisso, o Wally olhou para trás e começou a acelerar muito os passos. Ele só parou quando ele viu que eu estava em segurança no meio de mais pessoas e sem essa pessoa me seguindo”, relata Jady.
Jady e Wally vivem com o auditor de tecnologia, Lucas Gabriel Mayetta e o cão dele, Elvis. Os namorados se conheceram em um grupo de deficientes visuais que contam com um cão guia.
“Para nós o cão guia é como se a gente enxergasse. A relação do usuário com seu cão guia transcende a relação homem-cão. É uma coisa muito a mais do que isso eles viram parte da gente”, afirma Lucas.
Auxiliadores de quatro patas
Em uma universidade de Curitiba, um projeto tem transformado a rotina dos estudantes. Há cinco anos, a faculdade recebe a visita de vários bichinhos durante os turnos. Veja no vídeo acima.
A turma do Projeto Focinhos tem 40 voluntários. Praticamente todos cachorros, mas também há uma pônei estilosa, a Luna.
“Tem muita gente aqui que nunca botou a mão no cavalo e vem assim: ‘Nossa, ai, posso pôr a mão? Posso pôr a mão?’ Aí você manuseia, escova e tudo isso. É muito legal”, conta a odontopediatra e voluntária, Fernanda Seixas.
As visitas costumam ser semanais e já há dados de melhora na capacidade de aprendizagem e saúde mental dos alunos.
“Nós conseguimos verificar, realmente, através da aferição da pressão arterial, da frequência cardíaca, a normalização ou até a diminuição desses parâmetros depois da interação com o cão”, destaca a idealizadora e coordenadora do Projeto Focinhos, Ana Lúcia Michelotto.
Conhecida no Departamento de Odontologia, a Cacau, uma labradora, foi treinada para passear pelas clínicas e auxilia a equipe médica a acalmar os pacientes durante as consultas.
“Ela começou a vir na clínica de crianças especiais e a gente viu que começou a dar um resultado super bom”, diz a professora de medicina veterinária, Cláudia Pimpão.
Nos tratamentos mais invasivos, a Cacau nem se aproxima. O fato é que, quando ela está por perto, não costuma ser uma consulta qualquer.
“Tranquilizou, porque a anestesia sempre dá um certo receio, né? Um medinho e realmente ela me tranquilizou”, afirma a paciente Milena Vaz.
A paixão pelos animais fez Edma Gomes escolher uma nova profissão, a de “cat sitter”, ou babá de gatos. Ela vai na casa das pessoas para cuidar dos felinos quando os tutores estão fora, seja trabalhando ou viajando. Dá comida, limpa e faz de tudo para que eles se sintam bem, mesmo sem os humanos preferidos por perto.
“Ainda preciso explicar bastante, desde a pronúncia, né? As pessoas chamam de ‘cat sister’. Então, eu tenho que explicar'”, conta a cuidadora de gatos.
Especialistas em comportamento animal explicam que não é verdade que gatos ficam bem sozinhos por dias. Eles percebem a ausência dos donos e podem ficar entediados quando não há ninguém por perto. E é aí que entra o cuidador profissional de gatos, uma profissão que tem ganhado destaque.
“Eu costumo dizer que eu tenho o melhor trabalho do mundo”.
Tem dias em que Edma passa por até 10 casas.
“Em alta temporada, como no final de ano, carnaval ou feriados prolongados, eu consigo ganhar cinco ou seis vezes mais do que ganhava quando trabalhava de carteira assinada”, diz.
Linguagem de amor
Maiara Barreto é mãe de uma menina com transtorno do espectro autista. Ao Globo Repórter, ela conta como a companhia dos gatos é importante para a filha.
“Eu acho que a Mirinda é a grande companheira da Maria. Às vezes, fico muito emocionada, porque a gente fala de um hiper foco. É uma criança que tem o gato como primeira forma de comunicação. A Maria imita a gata, se veste de gato, tem 30 tiaras de gato e desenha gato o tempo todo. É uma linguagem de amor”, afirma.
FONTE: G1