O ex-presidente criticou o que considera penas excessivas aplicadas a pessoas humildes. “Se acham que vou desistir e fugir, estão enganados”, disse
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu neste domingo (6) a anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, durante manifestação realizada na avenida Paulista, em São Paulo. O ato reuniu apoiadores do ex-chefe do Executivo e contou com um discurso de aproximadamente 25 minutos.
Durante sua fala, Bolsonaro chamou ao trio elétrico a mãe e a irmã de Débora Rodrigues, cabeleireira presa por dois anos após pichar a estátua da Justiça durante os atos golpistas. Ré por tentativa de golpe de Estado, Débora está em prisão domiciliar há dez dias.
“Não tenho adjetivo para qualificar quem condena uma mãe de dois filhos a uma pena não tão absurda por um crime que ela não cometeu. Só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa armada de golpe”, afirmou o ex-presidente.
Ele classificou como “suplício” a situação da acusada e criticou o que considera penas excessivas aplicadas a pessoas humildes. Bolsonaro também mencionou, em inglês, os casos de um pipoqueiro e de um sorveteiro que se tornaram alvos de processos judiciais.
Ainda durante o discurso de Bolsonaro pela anistia na Avenida Paulista, Bolsonaro declarou: “Se eu estivesse no Brasil, seria preso na noite de 8 de janeiro [de 2023]”. E completou: “Se acham que vou desistir e fugir, estão enganados. Defender minha pátria com o sacrifício da minha vida. O que os canalhas querem não é me prender de verdade, é me matar. Eu sou um espinho na garganta deles. Mostrei a eles que o Brasil tem jeito. Um caipira do Vale do Ribeira chegou na Presidência. Só Deus explica como”.
FONTE:MAIS GOIAS
