Objetivo é sanar a subnotificação de potenciais doadores no Estado
Goiás tem, atualmente, mais de 1,8 mil pessoas que aguardam por quase dois anos para realizar um transplante de córnea. Para devolver a visão para esses pacientes, o governo de Goiás lançou, nesta sexta-feira (5), o primeiro edital do programa GovTech no modelo de Contratação Pública para Solução Inovadora (CPSI) para a área da saúde. O intuito é contratar startups para sanar a subnotificação de potenciais doadores no Estado.
Gerente de Transplantes da SES, Katiuscia Freitas explica que o número de pessoas na fila de espera é grande devido a um problema de subnotificação dos óbitos por parada cardiorrespiratória. “Quando o óbito é notificado, muitas vezes a córnea já não pode mais ser captada, pois temos apenas seis horas para realizar todo o trabalho”, explica, ao reforçar a necessidade de reduzir essa situação, o que gerará impactos positivos.
“O transplante de córnea proporciona uma melhor qualidade de vida, devolvendo a visão para essas pessoas que muitas vezes deixam de fazer as atividades de rotina diária por conta da perda da visão. Nossa expectativa é encontrar uma solução inovadora que nos ajude a aumentar o número de doações, possibilitando um número maior de transplantes e talvez até zerar essa lista de transplantes de córnea em Goiás”, completa a gerente.
A solução, conforme o governo, é o modelo de Contratação Pública para Solução Inovadora, modalidade prevista na legislação brasileira que permite à administração pública contratar soluções inovadoras, ainda em desenvolvimento ou com grau de novidade, para desafios específicos da gestão pública. “É uma nova forma de o setor público enxergar a inovação, a fim de tornar Goiás uma referência nacional na adoção de soluções tecnológicas que melhorem os serviços aos goianos, e faremos isso por meio do Hub Goiás, atraindo startups de todo o país”, afirma o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Lyra Netto.
Segundo o secretário de Estado da Administração, Alan Farias Tavares, a CPSI possibilita envolver startups, empresas de tecnologia e até pessoas físicas de forma legal e estruturada. Além disso, permite testar protótipos antes de uma contratação definitiva e ajustar as soluções às necessidades reais da Saúde, além de reduzir vulnerabilidades para garantir expectativas realistas de resultado. “A CPSI permite que o governo deixe de ser apenas um comprador e passe a ser cocriador de soluções que realmente atendem às necessidades da sociedade.”
A iniciativa ocorre por meio de parcerias entre as secretarias de Saúde (SES), de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), da Administração (Sead), além do Hub Goiás. O edital, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), pode ser acessado no endereço https://goias.gov.br/saude/govtech/.
FONTE: MAIS GOIÁS






