A última maior precipitação no mês foi em 1969, com cerca de 25mm abaixo do que foi registrado este ano. A coleta dos dados pelo sistema começou em 1961.
De acordo com dados enviados ao g1 pelo gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) e Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), André Amorim, Goiânia registrou a maior precipitação de chuvas em novembro desde o início da coleta dos dados pelo sistema em 1961, com 431.9 mm neste mês. No ano passado, a precipitação foi de 351.9 mm no mesmo período.
André relata que o aumento das chuvas ocorre por uma série de fenômenos naturais que se coincidiram neste ano.
“Em outubro, já havia uma previsão para as fortes chuvas que vimos nos últimos dias. Correntes de vento conduziram este clima para as regiões mais centrais do Estado de Goiás. Também existe uma frequência maior de frentes frias, vistas na semana passada e retrasada que potencializaram as chuvas”, afirmou.
Com um clima mais estável, esta semana tem sido um pouco mais seca. De acordo com André, isso ocorre por conta de uma massa de ar quente que circula pela Região Centro-Oeste. Mesmo assim, ainda pode chover, mas com uma densidade menor.
As chuvas intensas devem retornar em dezembro, por volta do dia 4. Uma representação feita pelo Cimehgo mostra uma grande corrente de umidade conectando a Região Norte e Sudeste do Brasil. Além de Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais também sofrerão com as tempestades, com destaque para São Paulo, que deve enfrentar um clima ainda mais hostil.
André também destaca que, por conta dos fenômenos, a Região Sul do país deve contar com um clima mais seco, com menor incidência de chuvas. De acordo com o especialista, há relatos de cidades no Estado do Paraná que estão sem chuvas há mais de 15 dias.
Ainda deve chover com grande intensidade em Goiás entre os meses de dezembro e março, se dissipando em abril.
FONTE:G1/GOIAS