segunda-feira, setembro 15, 2025
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Possível serial killer é preso em Rio Verde após feminicídio e latrocínio, com histórico na Bahia

Chaves e celular da vítima de latrocínio, cometido uma semana antes, foram encontrados na residência do suspeito. Polícia apura outros crime semelhantes

O homem preso por feminicídio após voltar à cena do crime, em Rio Verde, teria cometido latrocínio cinco dias antes de matar e tentar ocultar o corpo de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, encontrado parcialmente enterrado em um lote baldio no bairro Popular na última sexta-feira (12). Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, possui diversas passagens pela Justiça da Bahia por crimes violentos e estava em liberdade desde maio, após ter sido preso em flagrante no município já mencionado por furto, roubo e dano qualificado e pagar fiança.

De acordo com o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Rildo também é suspeito de um latrocínio registrado no município no dia 7 de setembro que foi encontrada morta após ser abordada em seu veículo. Pertences da vítima foram encontrados na casa do suspeito. “Encontramos a chave do carro e o celular da vítima na casa do suspeito e acreditamos que ele seja o autor do latrocínio que aconteceu no domingo (7/9), afirmou o delegado.

Candeo acrescentou que há indícios de que Rildo possa ter cometido outros feminicídios e crimes na Bahia, estado de onde é natural, e que as equipes seguem apurando essas suspeitas. O Mais Goiás solicitou informações ao Tribunal de Justiça da Bahia, onde constam pelo menos sete processos em nome do suspeito, mas até o momento não obteve resposta.

Lembranças de possíveis crimes anteriores

Rildo foi preso novamente no sábado (13), após confessar o assassinato de Elisângela, desaparecida desde a madrugada do dia 11 de setembro. De acordo com o relatório de custódia assinado pela juíza Adriana Caldas Santos, do Tribunal de Justiça de Goiás, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva devido à gravidade do crime, à crueldade na execução e ao risco de reiteração criminosa.

Na residência do suspeito, a polícia apreendeu diversos objetos, incluindo bolsas femininas, roupas, celulares e bonecas, que podem ter sido mantidos como troféus de crimes anteriores e possivelmente servir como provas nas investigações.

Candeo classificou a cena como “assustadora”. “Encontramos várias bolsas e bonecas dentro da casa. Não havia crianças morando no local, apenas o suspeito e outro homem. Isso levanta a possibilidade de que outros crimes tenham sido cometidos”, afirmou.

Ainda na audiência do último sábado, Rildo pediu liberação, alegando que tinha dois filhos pequenos sob os cuidados de uma vizinha. O Conselho Tutelar foi acionado, já que nenhuma criança foi encontrada na residência.

No local, segundo o delegado, morava também um homem que não possui antecedentes criminais e não tinha conhecimento da vida dupla do suspeito, mas estranhava que seu colega de residência saísse usando uniforme durante as madrugadas e muitas vezes levando uma faca junto ao corpo.

Corpo encontrado

As investigações começaram após familiares relatarem o desaparecimento de Elisângela, que havia saído de casa às 4h da manhã do dia 11 para trabalhar e não retornou. Câmeras de segurança flagraram o suspeito levando a vítima na madrugada do mesmo dia.

O corpo foi identificado porque Elisângela vestia as mesmas roupas das imagens. O cadáver foi encontrado seminu e parcialmente enterrado pela cintura, no final da tarde do dia 12, na Avenida 75, esquina com a Rua 20, no bairro Popular, parcialmente enterrado, com os pertences ao lado.

Equipes do GIH localizaram primeiro uma calça vinho semelhante à usada pela vítima e, em seguida, encontraram o corpo entre escombros. A cena foi isolada para perícia, e o corpo encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Verde.

Em depoimento o suspeito teria confessado o roubo e a ocultação de cadáver, mas negou ter matado a vítima ou cometido crime sexual. Ele afirmou que abordou a jovem e que ela teria se desequilibrado e batido a cabeça ao cair. O suspeito disse que, para evitar chamar atenção, retirou a calça da vítima e enterrou parcialmente o corpo para ocultá-lo.

Histórico criminal e perfil

Natural da Bahia, Rildo possui registros criminais por crimes com o mesmo modus operandi, incluindo feminicídio, e responde a processos por violência doméstica e lesão corporal. Em 10 de maio deste ano, em Rio Verde, ele foi preso por invadir uma residência, furtar objetos e causar danos. Após pagar fiança de R$ 5 mil e cumprir medidas cautelares, permaneceu em liberdade, mesmo com o inquérito em andamento.

Investigadores apuram agora a ligação de Rildo com outros crimes, reforçando a hipótese de que ele repetia o mesmo padrão que inclui abordagem violenta, assassinato com requintes de crueldade e tentativa de ocultação dos corpos. Fontes ligadas à investigação também buscam traçar o perfil psicológico de Rildo, já que ele foi visto na cena do crime enquanto acompanhava o trabalho da perícia.

Continuidade das investigações

A Polícia Civil informou que o suspeito vai continuar detido enquanto o caso é apurado. Ele segue à disposição da Justiça. A defesa dele não foi localizada. O espaço segue aberto para manifestações.

A polícia reforça a importância da denúncia da população para auxiliar nas investigações. Informações podem ser repassadas pelo telefone (62) 98499-0359, com sigilo absoluto garantido.

A divulgação da imagem e do nome do investigado foi procedida nos termos da Lei de nº 13869/2019, Portaria normativa 02/2020/DGPC e portaria nº 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público no sentido de identificar outras vítimas de crimes praticados por ele.

FONTE: MAISGOIÁS

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