O mercado brasileiro de boi gordo manteve-se estável ao longo da última semana, com uma intensa disputa entre a indústria frigorífica e os pecuaristas, resultando em negociações em níveis mais elevados em estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo, de acordo com a análise de Fernando Iglesias, especialista da Safras & Mercado.
No entanto, Iglesias destaca que as escalas de abate permanecem ajustadas, o que mantém a indústria em constante busca por compras nos estados.
Preços do boi no mercado interno
- Na cidade de São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo atingiu R$ 240. Aumento de 2,13% em relação aos R$ 235 da semana anterior.
- Em Dourados (MS), a indicação foi de R$ 235 na modalidade a prazo. Avanço de 4,44% em comparação aos R$ 225 da última semana.
- Em Cuiabá (MT) viu um aumento de 3,06% na arroba, subindo de R$ 196 para R$ 202 ao longo da semana.
- Em Uberaba (MG), a indicação foi de R$ 230 por arroba. Aumento de 4,55% em relação ao fechamento da semana anterior, quando estava em R$ 220.
- Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 225. Aumento de 2,27% em relação aos R$ 220 registrados na última semana.
Preços no mercado atacadista permanecem elevados
Iglesias observa que o mercado atacadista continuou a registrar aumentos de preços durante a semana.
Além disso, o ambiente de negócios aponta para a continuidade desse movimento na primeira quinzena do mês, período marcado por um maior apelo ao consumo.
Ele ressalta que a carne de frango continua sendo a preferência da parcela da população de menor renda.
- O quarto do dianteiro teve uma cotação de R$ 17,90 por quilo, um aumento de 1,70% em relação aos R$ 17,60 da semana passada.
- O quarto do dianteiro teve uma cotação de R$ 14,10 por quilo, registrando um aumento de 0,71% em relação aos R$ 14 da semana anterior.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil totalizaram US$ 885,022 milhões em setembro (20 dias úteis), com uma média diária de US$ 44,251 milhões.
O país exportou um total de 195,071 mil toneladas, com uma média diária de 9,753 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 4.536,90.
Comparado a setembro de 2022, houve uma redução de 27,3% no valor médio diário das exportações, um aumento de 0,9% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 24,4% no preço médio.
FONTE: CANAL RURAL