segunda-feira, setembro 16, 2024
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Sucesso nos rankings de educação: por que Goiás, Pará, Espírito Santo, Ceará e Paraná têm destaque no Ideb?

Investimentos em escolas de tempo integral, valorização dos professores e programas de recuperação de aprendizagem estão entre os fatores decisivos para o ‘sucesso’. Secretários de Educação e especialistas analisam estratégias pedagógicas e administrativas que mais deram certo.

O que explica que determinados estados brasileiros tenham dado saltos enormes no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) entre 2019 e 2023? E como outros vêm conseguindo se se manter no topo dos rankings nacionais?

Para conhecer as “receitas” de sucesso, o g1 analisou dados e entrevistou secretários de educação e especialistas da área para descobrir quais estratégias pedagógicas e administrativas mais deram certo nos seguintes estados:

  • Pará: saiu da penúltima colocação (26ª) no ensino médio em 2021 e, dois anos depois, pulou para 6º lugar. Nesse período, o Ideb da rede estadual aumentou de 3 pontos para 4,3 pontos (a escala vai de 0 a 10).
  • Goiás: teve o melhor desempenho do país no ensino médio (Ideb de 4,8) na rede estadual.
  • Paraná e Espírito Santo: apresentaram o 1º e 2º maiores índices totais no ensino médio (4,9 e 4,8, respectivamente, considerando escolas públicas e privadas).
  • Ceará: registrou o Ideb mais alto (7,7) entre as redes estaduais nos anos iniciais do ensino fundamental (1º a 5º ano).

📝Antes de ver os diferenciais de cada rede (leia mais abaixo), confira um resumo do que mais impulsionou a aprendizagem nesses estados:

  • valorização da carreira de professor, com aumento de salários;
  • programas de recuperação de aprendizagem;
  • investimentos em infraestrutura e em materiais didáticos;
  • regimes de colaboração com os municípios;
  • programas de educação integral;
  • avaliações diagnósticas constantes.

📈Contexto: Os dados do Ideb, divulgados nesta quarta-feira (14), levam em conta o aprendizado dos alunos em matemática e português (na prova chamada Saeb) e o fluxo de aprovação (quantos passam de ano e quantos ficam retidos) em escolas públicas e privadas.

📈Contexto: Os dados do Ideb, divulgados nesta quarta-feira (14), levam em conta o aprendizado dos alunos em matemática e português (na prova chamada Saeb) e o fluxo de aprovação (quantos passam de ano e quantos ficam retidos) em escolas públicas e privadas.

Rossieli Soares explica que o estado aumentou o número de aulas de português e de matemática de 3 para 5 por semana. Dessa forma, parte da carga horária pôde ser dedicada à recuperação das matérias que não haviam sido compreendidas pelos estudantes.

“Depois do diagnóstico do aprendizado das turmas, retomamos alguns conteúdos. Não adianta ensinar algo novo se ainda existe um déficit lá atrás”, afirma. “É um grande programa de reforço escolar.”

➡️Revisão na gestão das escolas: A maior parte dos colégios passou a ter dois vice-diretores — um mais focado nas questões administrativas, e outro, nas pedagógicas.

➡️ Regime de colaboração: A rede estadual auxiliou os municípios principalmente nas turmas de 2º ano do ensino fundamental, para fortalecer o processo de alfabetização.

➡️Valorização dos alunos e dos professores que se destacam: No programa “Bora Estudar”, a família do melhor aluno de cada turma ganha R$ 10 mil em materiais de construção para fazer reformas na própria casa. E os docentes com melhor desempenho ganham bonificações, afirma Soares.

✏️Goiás: formação de professores na prática e bolsa-permanência

Priscila Cruz, presidente-executiva da ONG Todos Pela Educação, explica que Goiás entra em uma categoria diferente da do Pará: o destaque do estado é manter um bom desempenho no Ideb ao longo dos anos.

“Assim como o Espírito Santo, o Ceará e o Paraná, é uma rede que nunca sofreu grandes retrocessos. Consegue manter políticas essenciais e implementá-las de forma consistente”, diz.

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, a questão central para o desempenho do estado são os investimentos. “Só assim que é possível melhorar a infraestrutura das escolas, os materiais didáticos e a distribuição de bolsas que ajudam no combate à evasão”, afirma ao g1.

Veja outros destaques:

➡️Formação de professores: Por meio de parcerias com ONGs e instituições, o estado manteve uma política de investimento nos docentes com ênfase na prática.

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, a questão central para o desempenho do estado são os investimentos. “Só assim que é possível melhorar a infraestrutura das escolas, os materiais didáticos e a distribuição de bolsas que ajudam no combate à evasão”, afirma ao g1.

Veja outros destaques:

➡️Formação de professores: Por meio de parcerias com ONGs e instituições, o estado manteve uma política de investimento nos docentes com ênfase na prática.

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, a questão central para o desempenho do estado são os investimentos. “Só assim que é possível melhorar a infraestrutura das escolas, os materiais didáticos e a distribuição de bolsas que ajudam no combate à evasão”, afirma ao g1.

Veja outros destaques:

➡️Formação de professores: Por meio de parcerias com ONGs e instituições, o estado manteve uma política de investimento nos docentes com ênfase na prática.

✏️Espírito Santo: aulas em tempo integral e apoio aos municípios

Entre as capitais, Vitória foi o maior destaque nos anos iniciais do ensino fundamental. A maior explicação para isso, na visão de Claudia Costin, é a implementação do programa de ensino integral.

“Havia antes um modelo de contraturno com aulas de arte e de esportes, além de oficinas de recuperação. Já era algo melhor do que só as 4 horas de aula por dia. Mas a rede avançou para o tempo integral, com aulas dialogadas, mais tempo em laboratórios e educação mão na massa. Deu muito certo, fiquei impressionada”, afirma.

➡️Em números, a ampliação da rede integral: Segundo a Secretaria de Educação, no fim de 2019, o Espirito Santo tinha 36 escolas nesse regime de carga horária ampliada. Em 2024, já são 184 só na rede estadual, afirma o órgão.

➡️Apoio aos municípios por meio de um regime de colaboração: Foram direcionados mais de R$ 1 bilhão em investimentos nas redes municipais, principalmente para obras e compra de materiais didáticos.

“Uma das frentes de trabalho neste sentido é por meio do Pacto pela Aprendizagem do ES (Paes), uma iniciativa do governo do Estado cujo objetivo é fortalecer a aprendizagem das crianças desde a educação Infantil até as séries finais do ensino fundamental”, afirma a Secretaria.

✏️Paraná: material de apoio ao professor e avaliações diagnósticas

Roni Miranda, secretário de Educação do Paraná, afirma que os “resultados do Ideb 2023 consolidam a boa qualidade na educação do Paraná”.

“A gente vem avançando ano a ano, de forma sólida e constante”, diz.

De fato, o estado se manteve entre os primeiros colocados nos rankings das últimas edições do Ideb.

Um dos destaques de 2023 foi justamente em matemática, disciplina em que historicamente o Brasil não se sai bem.

“O monitoramento da aprendizagem, a comunicação com a rede e os materiais de apoio ao professor muito bem-feitos explicam esse desempenho”, afirma Claudia Costin.

Veja os detalhes:

➡️Aprimoramento na seleção de gestores: A rede pública passou a selecionar os diretores de escolas por meio de avaliações de capacidade técnica, provas e entrevistas.

➡️Formação continuada de professores: “Temos 33 mil docentes fazendo semanalmente esses programas. Os que se destacam ajudam a formar seus pares”, afirma Miranda.

➡️Avaliação diagnóstica: “[As provas] são aplicadas trimestralmente, para entregar ao professor e à escola em quais conteúdos os alunos têm maior dificuldade. Assim, conseguem trabalhar de forma mais direcionada”, explica Miranda.

➡️Combate ao abandono: Segundo a Secretaria de Educação, a rede investiu em alimentação escolar, oferecendo três refeições por dia aos alunos. Também aumentou a conectividade das escolas, para “dialogar com os interesses dos estudantes”.

Veja os detalhes:

➡️Aprimoramento na seleção de gestores: A rede pública passou a selecionar os diretores de escolas por meio de avaliações de capacidade técnica, provas e entrevistas.

➡️Formação continuada de professores: “Temos 33 mil docentes fazendo semanalmente esses programas. Os que se destacam ajudam a formar seus pares”, afirma Miranda.

➡️Avaliação diagnóstica: “[As provas] são aplicadas trimestralmente, para entregar ao professor e à escola em quais conteúdos os alunos têm maior dificuldade. Assim, conseguem trabalhar de forma mais direcionada”, explica Miranda.

➡️Combate ao abandono: Segundo a Secretaria de Educação, a rede investiu em alimentação escolar, oferecendo três refeições por dia aos alunos. Também aumentou a conectividade das escolas, para “dialogar com os interesses dos estudantes”.

FONTE: G1

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