Escolha do sucessor do Papa Francisco acontecerá durante o conclave, a se realizar no Vaticano nos próximos dias
Em razão do falecimento do papa Francisco, na madrugada desta segunda-feira (21), a Igreja Católica já começa a se preparar para o processo que vai eleger o próximo ocupante do Trono de São Pedro. Embora, em tese, qualquer homem batizado celibatário possa ser declarado papa, desde o conclave de 1378 todos os eleitos faziam parte do grupo de cardeais. Hoje são 252 cardeais.
Edward Pentin, pesquisador e estudioso de assuntos do Vaticano, criou um site com o perfil de cerca de 40 cardeais, entre os mais importantes, e desse rol ele preparou uma lista com os 12 favoritos – sem estabelecer uma hierarquia entre os os mais ou menos cotados. ão há brasileiros nem sul-americanos.
Anders Arborelius, 75 (Suécia)
Angelo Bagnasco, 82 (Itália)
Charles Bo, 76 (Mianmar)
Jean-Marc Aveline, 66 (França)
Luis Antonio Tagle, 67 (Filipinas)
Malcolm Ranjith, 77 (Sri Lanka)
Matteo Zuppi, 69 (Itália)
Péter Erdo, 72 (Hungria)
Pierbattista Pizzaballa, 59 (Itália)
Pietro Parolin, 70 (Itália)
Robert Sarah, 79 (Guiné)
Willem Eijk, 71 (Holanda)
Anders Arborelius, 75 (Suécia)
Bispo de Estocolmo, já foi considerado um modelo pelo papa Francisco, por sua capacidade de diálogo. É a favor de mais abertura para divorciados, mas contra o diaconato feminino. Nomeado por Francisco em 2017.
Angelo Bagnasco, 82 (Itália)
Mais velho da lista, é arcebispo emérito de Gênova. É considerado um bom nome entre os que esperam pela volta de um italiano conservador ao papado. Nomeado por Bento 16 em 2007.
Charles Bo, 76 (Mianmar)
Arcebispo de Yangon, maior cidade e antiga capital de Mianmar, é considerado um candidato forte em temas de injustiça social e diálogo entre religiões. Nomeado por Francisco em 2015.
Jean-Marc Aveline, 66 (França)
Arcebispo de Marselha e nascido na Argélia, é apontado como um preferido do próprio Francisco, especialmente por sua defesa dos imigrantes. Nomeado por Francisco em 2022.
Luis Antonio Tagle, 67 (Filipinas)
Arcebispo emérito de Manila, desde 2019 tem cargo na Cúria Romana, a cúpula do Vaticano. Atualmente, é pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização. Considerado o “Francisco asiático”, compartilha a visão do papa em temas como ecologia. Nomeado por Bento 16 em 2012.
Malcolm Ranjith, 77 (Sri Lanka)
Arcebispo de Colombo, capital do Sri Lanka, é outra aposta entre a ala tradicional e conservadora do clero, com o diferencial de estar na Ásia e se alinhar à defesa do meio ambiente como Francisco. Nomeado por Bento 16 em 2012.
Matteo Zuppi, 69 (Itália)
Presidente da Conferência Episcopal Italiana, equivalente à CNBB brasileira, e colaborador do papa em temas internacionais. Foi escolhido como mediador na Guerra da Ucrânia, enviado a Kiev e Moscou. Nomeado por Francisco em 2019.
Péter Erdo, 72 (Hungria)
Arcebispo de Budapeste, é visto entre os círculos conservadores da Igreja como um nome para se contrapor às ideias de Francisco. Nomeado por João Paulo 2º em 2003.
Pierbattista Pizzaballa, 59 (Itália)
Mais jovem da lista, chefia o Patriarcado Latino de Jerusalém. Há mais de 30 anos vive na Terra Santa e conhece profundamente os temas do Oriente Médio, outro assunto caro ao papa. Nomeado por Francisco em 2023.
Pietro Parolin, 70 (Itália)
Frequentemente citado como papável pela imprensa especializada, desde 2013 é secretário de Estado da Santa Sé, responsável pela diplomacia da Igreja. Nomeado por Francisco em 2014.
Robert Sarah, 79 (Guiné)
Único negro e africano entre os cotados, é uma aposta do campo conservador da Igreja por sua firme oposição ao papado de Francisco em temas como processo sinodal e abertura a casais homossexuais. É prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Nomeado por Bento 16 em 2010.
Willem Eijk, 71 (Holanda)
Arcebispo de Utrecht, é um nome estimado entre os conservadores por suas posições pró-vida, em temas como eutanásia. É contra a bênção a homossexuais, por irem contra a ordem de criação de Deus. Nomeado por Bento 16 em 2012.
FONTE:MAIS GOIAS