Pasta informou que o investigado foi cedido pelo município e exonerado antes do início das investigações
Um ex-servidor da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), lotado em Luziânia, foi preso suspeito de manipular e inserir informações falsas com o objetivo de acobertar movimentações fictícias de bovinos no montante desviado de R$ 100 mil, em Goiás, na última terça-feira (14). Outras pessoas foram presas durante a Operação Rastreio Falso, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR). A Agrodefesa informou ao Mais Goiás que o investigado foi cedido pelo município à pasta e foi exonerado antes do início das investigações.
Sobre a operação, segundo as autoridades, o servidor foi identificado como responsável por pagamentos de vacinas utilizados em atestados falsos. Inclusive, a investigação apontou que a fraude na movimentação financeira aconteceu em menos de um mês. Ela foi feita pelo então funcionário da pasta e um corretor de gado, também investigado por envolvimento em emissões fraudulentas de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e preso em operação deflagrada em julho deste ano.
Ainda durante a ação policial, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos financeiros e sequestro de bens, além de outras diligências que não foram divulgadas para preservar as investigações. A Agrodefesa forneceu relatórios de auditoria e fiscalização e apoio técnico na ação.
Em nota ao Mais Goiás, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária informou que “a PCGO foi acionada pela própria Agrodefesa, que, a partir de auditoria interna, detectou indícios de irregularidades na utilização de senhas de acesso e possíveis fraudes relacionadas ao cadastro de animais e vacinas no Sistema de Defesa Agropecuária do Estado de Goiás (Sidago)”. Confira a seguir na íntegra.
Nota da Agrodefesa:
“A respeito da Operação Rastreio Falso, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) na última terça-feira (14/10) e divulgada à imprensa nesta quinta-feira (16/10), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informa que:
- A PCGO foi acionada pela própria Agrodefesa, que, a partir de auditoria interna, detectou indícios de irregularidades na utilização de senhas de acesso e possíveis fraudes relacionadas ao cadastro de animais e vacinas no Sistema de Defesa Agropecuária do Estado de Goiás (Sidago).
- Na última terça-feira (14/10), a PCGO, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), cumpriu mandados de prisão temporária em Luziânia, além de medidas judiciais de busca e apreensão, bloqueio de ativos financeiros, sequestro de bens e outras diligências.
- Um dos investigados era servidor público municipal de Luziânia que foi cedido à Agrodefesa. Ele foi exonerado antes mesmo do início das investigações.
- A Operação Rastreio Falso é a terceira ação deflagrada pela DERCR, com apoio da Agrodefesa, para reprimir tentativas de fraudes envolvendo GTAs e notas fiscais inidôneas em Goiás. Em abril de 2024, foi realizada a Operação Paper Ox; e em julho de 2025, a Operação Paper Ox II.
- A Agrodefesa segue acompanhando e colaborando com o trabalho de investigação da PCGO. A direção da Agência confia que todos os fatos serão devidamente apurados e, comprovadas as irregularidades, os responsáveis serão identificados e punidos.
- A Agrodefesa ressalta que não houve “invasão” ou “violação” ao sistema de segurança do Sidago. O sistema segue seguro, auditado continuamente para prevenir e coibir fraudes. O produtor rural goiano nunca deve compartilhar sua senha de acesso ao Sidago. Ela é um instrumento fundamental para a segurança das informações relacionadas à sua atividade.“
FONTE: MAISGOIÁS
