As primeiras versões mostravam o Papai Noel com traje bege e, principalmente, verde
O Papai Noel foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu na cidade de Mira (atual Turquia) no século 4º. O bispo costumava ajudar, anonimamente, quem tinha dificuldades financeiras. Ele arremessava sacos com moedas de ouro pelas janelas das casas. Há quem dize que ele jogava as moedas pelas chaminés também. Nicolau foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos.
O religioso se transformou em um símbolo natalino em 1823 por causa de um texto atribuído ao escritor americano Clement Clark Moore. Clement publicou um poema sobre um bom velhinho chamado São Nicolau, que, com seu trenó, distribuía presentes. As primeiras versões mostravam o Papai Noel com traje bege e, principalmente, verde.
Foi a Coca-Cola que criou a figura do Papai Noel como o conhecemos?
Não exatamente. Em 3 de janeiro de 1863, o ilustrador Thomas Nast desenhou uma charge política: Papai Noel distribuindo presentes para as tropas da União, formado pelo norte dos Estados Unidos, durante a Guerra Civil.
Assim, Nast retratou o bom velhinho fazendo um gesto nobre. O desenho era em preto e branco. Já a roupa vermelha e branca seria apresentada somente em 1869.
O Noel de Nast era pequenininho para conseguir descer pelas chaminés das casas. O ilustrador também teve a ideia de mostrar que o personagem tinha uma oficina de brinquedos no Polo Norte.
Devemos, portanto, tudo a Nast?
Tudo não. O vermelho se consagrou para valer graças ao desenhista Joseph Christian Leyendecker. Ele refinou, aperfeiçoou e humanizou o Papai Noel de Thomas Nast em capas de revistas ao longo da década de 1920.
Por que se dá crédito à marca de refrigerante então?
Antes mesmo da Coca-Cola, outras marcas já incorporavam o Papai Noel em suas campanhas de Natal. Essa figura já havia sido utilizada para promover uma marca de água mineral em 1915 e outra de ginger ale em 1923. A Coca-Cola, visando impulsionar as vendas de refrigerante durante o inverno, decidiu adotar o Papai Noel em suas campanhas, mas inicialmente não encontrou uma imagem que se destacasse o suficiente para a publicidade.
Diante desse desafio, a empresa contratou Haddon Sundblom para revitalizar a representação do bom velhinho. A versão criada por Sundblom estreou em 1931 e foi amplamente aclamada. A Coca-Cola, então, empenhou-se em difundir essa imagem a nível global, dando origem ao mito que conhecemos. Sundblom continuou a desenhar o Papai Noel da Coca-Cola ao longo de 35 anos.
FONTE: MAIS GOIÁS