De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, 96% dos transplantes realizados em 2023 foram feitos pelo SUS
Em Goiás, 492 pacientes aguardam na lista de espera por um transplante de rim, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). De acordo com a pasta, em 2023 foram realizados 153 transplantes em todo Estado, sendo que 96% deles foram feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Esses dados destacam a importância da conscientização sobre a doação de órgãos e a necessidade de aumentar o número de doadores para salvar vidas, como foi o caso do apresentador Fausto Silva, de 73 anos, que se submeteu a um transplante de rim nesta segunda-feira (26) em São Paulo, devido ao agravamento de uma doença renal crônica.
Conforme divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o apresentador ocupava a 13ª posição na fila de espera para o transplante. Em Goiás, de acordo com a SES, 90% dos transplantes de rins são realizados no Hospital Estadual Alberto Rassi, o HGG. Além disso, o Hospital das Clínicas e Santa Casa de Misericórdia também são credenciados pelo Sistema Único.
Já na rede privada, segundo a pasta, a cirurgia de transplante é oferecida pelo Hospital Urológico e Hospital Santa Helena.
Demora na fila
O transplante de rim é de extrema importância para pacientes que fazem hemodiálise. Essa cirurgia oferece uma melhor qualidade de vida, liberdade e autonomia para um renal crônico.
As principais doenças que podem levar à necessidade de um transplante renal são diabetes e a hipertensão, as duas causas mais comuns de doença renal crônica, ou seja, quando os rins deixam de funcionar e a pessoa precisa se submeter uma máquina de diálise.
Foi o caso do motorista Celso Sidney Santos, que faleceu aos 58 anos e precisava de um transplante de rim. A viúva dele, a senhora Ana Maria dos Santos, disse ao Mais Goiás que ele fez hemodiálise por quase três anos, mesmo período em que ficou na fila de espera por um transplante.
De acordo com Ana Maria, ele estava inscrito na lista do SUS, mas a família sequer foi informada em qual posição ele estava na fila, e infelizmente não chegou a ser chamado. Celso tinha diabetes e estava com problemas também nas veias do coração, o que também dificultaria o processo de cirurgia, como explicou Ana Maria.
Levantamento
Segundo os dados da Gerência de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, Goiás avançou 46% em transplante de órgãos e tecidos em relação aos procedimentos efetivados em 2022.
Conforme o levantamento, em 2023 foram contabilizados 113 doadores de órgãos (aumento de 39,5 %), número que superou o então recorde histórico, registrado em 2018, quando houve 89 doadores. Já o número de doadores de tecido ocular subiu para 443, um aumento de 51,2%.
O transplante de córnea passou de 399 em 2022 para 621 em 2023, o que representa um crescimento de 55,6%. No ano passado, foram registrados ainda 37 transplantes de medula óssea, (aumento de 37%), 153 de rins (aumento de 35,4%) e 9 de fígado (aumento de 28,5%).
FONTE: MAIS GOIÁS