Para liberdade provisória foi exigido pagamento de fiança e cumprimento de medidas cautelares
A Justiça determinou, após audiência de custódia, a soltura do personal trainer Thiago Vieira Bastos, do médico Diego Ferreira da Costa e do casal composto por Nilton Machado Júnior e Célia Gonçalves Ferreira Machado, suspeitos de comercializarem medicamentos para emagrecer de forma ilegal, em Goiânia. A decisão é de terça-feira (29).
O juiz Inácio Pereira de Siqueira concedeu liberdade provisória aos suspeitos, mediante pagamento de fiança de R$ 3 mil para cada um. Além disso, elencou as seguintes obrigações cautelares:
- Comparecimento a cada 180 em Juízo para informar e justificar suas atividades;
- Não se ausentar da comarca onde reside, por mais de 30 dias, nem mudar de endereço sem comunicar este Juízo;
- Não frequentar bares, casas de jogos ou prostituição e outros lugares congêneres;
- Comparecer a todos os atos processuais para os quais for intimado;
- Não se envolver com novas práticas delitivas.
Sobre o caso, as investigações começaram após uma denúncia anônima que relatava a venda do medicamento “Mounjaro”, usado para tratar diabetes, nas redes sociais do personal. O remédio, também utilizado no tratamento da obesidade, tem como efeito colateral o emagrecimento.
Após verificar a denúncia, a Polícia Civil constatou o crime e localizou Thiago durante uma entrega. Ao ser abordado, ele admitiu a prática. Além de algumas caixas do medicamento, com ele foram encontrados anabolizantes que o suspeito alegou serem para uso próprio. Em seu depoimento, o personal trainer revelou que adquiria os medicamentos com um médico que já havia sido seu aluno.
A investigação levou à localização do médico Diego Ferreira da Costa, que confirmou ter adquirido os medicamentos de um casal que mora em Londres, mas que passava uma temporada em Goiânia. Nilton e Célia foram detidos e contaram que trouxeram 50 unidades do Mounjaro, das quais 39 já haviam sido vendidas antes da ação policial. Na casa do deles, a polícia apreendeu as 11 caixas restantes.
Os quatro suspeitos vão responder por associação criminosa e por comercializar medicamentos de origem duvidosa. A polícia destacou que os remédios não possuíam qualquer documentação que comprovasse sua compra ou procedência. Além disso, não havia garantias sobre as condições de armazenamento do produto, que requer refrigeração adequada.
Defesa
Em nota à imprensa, a defesa do médico Diego Ferreira da Costa declarou sua inocência e alegou que a prisão foi abusiva, uma vez que o medicamento foi aprovado pela Anvisa no ano anterior. O advogado também afirmou que o médico está colaborando com as investigações.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa dos demais. Este espaço segue aberto.
FONTE:MAIS GOIAS