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Ruídos internos e resistência da direita: imprensa avalia projeto nacional de Caiado

Reportagem da Folha aponta desafios para o governador de Goiás

Reportagem publicada pela Folha de S.Paulo publicada neste sábado (29) destaca os desafios enfrentados pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), na largada de sua pré-candidatura à presidência da República. O lançamento oficial da pré-campanha será na próxima sexta-feira (4), em Salvador, mas o movimento já provoca ruídos internos no partido e resistência entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a reportagem, Caiado inicia sua jornada em busca do Planalto enfrentando um cenário de divisão no União Brasil — partido que abriga tanto nomes ligados ao governo Lula quanto lideranças alinhadas ao bolsonarismo. A ausência de representantes das duas alas no evento da próxima semana é dada como provável.

Aos 75 anos, o governador goiano tenta ocupar o espaço deixado pela inelegibilidade de Bolsonaro, com uma plataforma baseada em segurança pública e oposição ao governo do presidente Lula (PT). Ele afirma estar determinado a apresentar “uma plataforma de mudança para o Brasil”, mesmo ciente das resistências que sua postura pode provocar.

Farpas com Bolsonaro e desconfiança da base bolsonarista

A Folha também lembra que Caiado carrega o desgaste de embates com Bolsonaro — incluindo a ruptura pública durante a pandemia e recentes trocas de críticas durante a eleição municipal em Goiânia.

Em comício no segundo turno na capital, Bolsonaro chegou a chamá-lo de “covarde”, por sua postura na pandemia, embora não tenha citado seu nome.  Após a vitória de seu aliado Sandro Mabel (União Brasil), Caiado rebateu e destacou que o eleitor estava cansado da forma como Bolsonaro fazia política.

A distância entre os dois ainda causa desconfiança entre parte do eleitorado bolsonarista, um dos obstáculos que o governador goiano precisa superar para se consolidar como opção viável no campo da direita. Pelo menos, ter o apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro e representar o bolsonarismo nas urnas.

Divisões no União Brasil e federação com o PP

Outro desafio apontado pela Folha é a instabilidade dentro do próprio União Brasil. Parte da bancada apoia Lula, como os ministros Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Do outro lado, lideranças como os governadores Mauro Mendes (MT), Wilson Lima (AM) e Marcos Rocha (RO) seguem leais a Bolsonaro.

A reportagem destaca ainda que o União Brasil negocia uma federação com o PP, o que pode gerar mais tensões internas. Caiado chegou a classificar a fusão como “um tiro no pé”. Apesar disso, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou à Folha que não há desconforto com a pré-candidatura do goiano.

Estratégia, títulos e ausência de Gusttavo Lima

O ato de lançamento da pré-candidatura será realizado no Centro de Convenções de Salvador, com expectativa de público superior a 5 mil pessoas. Caiado será homenageado com o título de Cidadão Baiano e a Comenda 2 de Julho, propostos quando Bruno Reis (União Brasil), atual prefeito da capital baiana, ainda era deputado.

Inicialmente cotado como possível vice, o cantor Gusttavo Lima negou publicamente que disputará qualquer cargo em 2026 — o que frustrou uma das apostas da equipe de Caiado para atrair visibilidade popular. De quebra, cancelou a participação no evento que vai lançar a pré-candidatura caiadista.

Reta inicial e disputa no campo da direita

Com nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD) também no radar da direita, a Folha lembra que Caiado terá pouco mais de um ano para ganhar musculatura política e espaço nas pesquisas. Entre seus aliados, há quem minimize as divisões recentes com Bolsonaro e defenda a construção de uma agenda comum. “Existiram divergências no passado, mas o importante é a construção de uma agenda comum para o futuro”, afirmou à Folha um interlocutor próximo ao governador.

FONTE:MAIS GOIAS

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