sexta-feira, novembro 22, 2024
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Brasil registra taxa de desemprego de 7,7% no trimestre até setembro, aponta IBGE

Número de ocupados atingiu um patamar recorde na série histórica da Pnad, em 99,8 milhões de pessoas.

taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,7% no trimestre móvel entre julho e setembro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (31).

Esse é o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando o país registrou uma taxa de desemprego de 7,5%. Já na comparação com o mesmo trimestre, essa é a menor taxa registrada desde setembro de 2014, quando a Pnad registrou 6,9% de desemprego.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, que calculavam uma taxa de 7,7% no período, segundo a mediana das estimativas da Bloomberg.

O número de desempregados recuou 3,8% no trimestre, chegando a 8,3 milhões de pessoas. Já o número de ocupados atingiu um patamar recorde na série histórica da Pnad, iniciada em 2012: 99,8 milhões de pessoas.

Na comparação com o trimestre anterior, o número de ocupados cresceu 0,9%, o que representa 929 mil pessoas a mais no mercado de trabalho.

Com isso, o nível da ocupação foi estimado em 57,1%, com crescimento de 0,4 ponto percentual na mesma comparação. Essa taxa representa o percentual de ocupados na população em idade de trabalhar.

“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

Perfil dos empregados

A maior parte do aumento no número de ocupados (587 mil pessoas) veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que, com o acréscimo de 1,6%, chegou a 37,4 milhões de trabalhadores.

Essa foi a única categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dessa categoria foi de 1,1 milhão de pessoas (3,0%).

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,3 milhões) ficou estável no trimestre e no ano.

O número detrabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) também ficou estável frente ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, assim como o número detrabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas).

Subutilização e desalento

A taxa composta de subutilização (17,6%) ficou estável no trimestre (17,8%) e caiu 2,5 ponto percentual ante o mesmo trimestre de 2022 (20,1%). Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015 (17,4%).

A população subutilizada (20,1 milhões de pessoas) ficou estável no trimestre e recuou 14,0% frente ao mesmo período de 2022. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016 (19,983 milhões).

Já a população desalentada (3,5 milhões) caiu 4,6% ante o trimestre anterior (menos 168 mil pessoas) e 17,7% (menos 755 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em setembro de 2016 (3,5 milhões).

O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,1%) caiu 0,2 ponto percentual no trimestre e recuou 0,6 ponto percentual no ano. Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em julho de 2016 (3,1%).

Rendimento salarial

O rendimento médio real foi estimado em R$ 2.982, um crescimento de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 4,2% frente ao mesmo período do ano passado.

“Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento no rendimento médio dos empregados com carteira no setor privado, empregados no setor público e trabalhadores por conta própria. Entre as atividades, houve expansão significativa do rendimento dos trabalhadores da indústria e da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, diz Beringuy.

Já a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em R$ 293 bilhões. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,7%.

“Diante de uma expansão da população ocupada, temos como resultado o aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influência da maior participação de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que têm, em média, rendimentos maiores”, analisa a pesquisadora.

FONTE: CNN BRASIL

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