Segundo a polícia, a mercadoria era feita de formas clandestina e insalubres.
O Fantástico deste domingo (19) destacou detalhes da prisão de uma quadrilha no Rio de Janeiro que produzia e vendia anabolizantes clandestinos para todo país. Segundo a polícia, a mercadoria era feita de formas clandestina e insalubres.
“Esses anabolizantes eram produzidos de forma totalmente clandestina, em condições insalubres: não tinha a licença do órgão competente sanitário. Produtos totalmente nocivos à saúde, que podiam causar até intoxicação”, destaca delegada da Polícia Civil do Rio de Janeiro Iasminy Vergetti.
Em uma conversa interceptada pela polícia, Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, o chefe da organização criminosa, recebeu instruções para fabricar um dos produtos, com a inclusão de benzoato de benzila, uma substância utilizada como repelente de insetos e também para combater a sarna – mas que, quando injetada no organismo, pode ser tóxica.
Na troca de mensagens, a pessoa segue com as instruções: “Taca no calor, uns 20, 30 min. Vai feder. Deixa no calor até mudar de cor, uma cor de gasolina alaranjada”.
“A partir de fontes com procedência duvidosa, isso pode trazer vários problemas para o funcionamento do nosso corpo, principalmente para o fígado e, com o passar do tempo, podem provocar tumores hepáticos”, alerta o gastroenterologista Alberto Farias.
Prisões
Na semana passada, 15 pessoas ligadas ao grupo foram presas. Miguel foi preso em casa, na cidade de São Gonçalo, região metropolitana do Rio.
Além do tráfico de anabolizantes, a organização criminosa também é suspeita de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outros crimes financeiros. A polícia afirma que vai investigar também a rede de influenciadores digitais pagos para divulgar os produtos clandestinos.
Riscos à saúde
Os anabolizantes são produtos sintéticos geralmente derivados do hormônio sexual masculino, a testosterona. No Brasil, o uso é regulamentado para tratamentos de saúde, com receita médica.
Mas a prescrição de anabolizantes para ganhos de rendimento ou fins estéticos foi proibida pelo Conselho Federal de Medicina.
“Isso pode trazer vários problemas para o funcionamento do nosso corpo, principalmente para o fígado e, com o passar do tempo, podem provocar tumores hepáticos”, afirma Alberto Farias, gastroenterologista.
FONTE: G1