Dayana Loy de Oliveira Freire residia em Itaberaí e foi para Goiânia fazer uma lipoaspiração. A defesa do cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e afirmou que “foram adotados os protocolos prescritos para o caso por toda equipe médica presente, todavia não houve resposta e a paciente veio a óbito”. A Polícia Civil investiga o caso como morte acidental.
A família da jovem Dayana Loy de Oliveira Freire de 25 anos, denuncia que a jovem morreu durante uma lipoaspiração, em Goiânia. A família cobra explicações do cirurgião plástico, Bruno Granieri. Até o momento, a Polícia Civil (PC) investiga o caso como morte acidental.
Dayana residia em Itaberaí com os pais e foi até a capital para realizar o sonho de fazer uma cirurgia plástica. Segundo os seus familiares, ela deu entrada no Hospital Jacob Facuri na terça-feira (12). Foi anestesiada, mas durante a cirurgia, teve uma parada cardiorrespiratória.
“O médico foi ao apartamento avisar a mãe que a Dayana tinha subido para a UTI. Isso não acontece com frequência. Eles tentaram reanimar ela por 3 horas”, afirmou o tio da jovem, Gilberto Martins.
Através de nota, o hospital lamentou o que ocorreu com a jovem e disse que toda equipe está sensibilizada, porque todos trabalham para salvar vidas e realizar sonhos. Mencionou ainda que investiga as causas da morte e estão abertos para qualquer questionamento.
Ocorrência na polícia
Após a morte da jovem, a família registrou um boletim de ocorrência para que o caso fosse apurado. “Vamos aguardar o resultado dos exames para que tenhamos uma decisão jurídica, mas temos diversas informações de casos parecidos, que o mesmo médico fez o procedimento e o paciente veio a óbito”, lamentou Gilberto, tio da jovem.
Em relação a isso, a defesa do médico disse que “todos os fatos estão sendo apurados pela justiça”, mas que tem certeza de que será comprovado que não houve falha ou negligência profissional em nenhum caso.
Disse ainda que “a medicina não é uma ciência exata, e que complicações e intercorrências podem ocorrer em qualquer área, independente da maestria do profissional assistente”.
Também através de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse somente que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”.
Investigações
Paulo Ribeiro, delegado da Polícia Civil, responsável pelo caso, disse que ainda não sabe detalhes de quais foram as complicações que a jovem teve durante a cirurgia, pois de acordo com ele, o registro de ocorrência foi “sucinto”.
“Só após o Laudo Cadavérico e análise dos exames pré operatórios e prontuário da vítima que podemos aferir se houve ou não erro médico. Os familiares também serão intimados para prestarem esclarecimentos sobre o fato”, enfatizou.
A Polícia Técnico Científica disse que o corpo da jovem foi liberado para a retirada da família na manhã desta quinta-feira (14).
Desespero
Gilberto, tio de Dayana afirmou que a família está muito abalada com a morte precoce da jovem. “A mãe falando em suicídio o tempo todo. Ainda não viu o corpo da filha”, resume.
Ele descreve a sobrinha como uma garota “cheia de vida”. “Era uma menina muito responsável. Formada, independente, pagou uns R$ 50 mil nessa cirurgia com dinheiro que ela juntou. Sempre cuidou da vó e da mãe”, lembra.
O familiar afirma que, além da morte, a maior revolta é com relação à falta de assistência do médico à família e, principalmente, a suspeita de que outras pacientes morreram da mesma forma e nada tenha sido feito.
“Eles não deram nem um copo de água para a mãe dela. Como pode o Conselho de Medicina saber que esse médico tem casos parecidos e não fazer nada”, lamentou.
FONTE: JORNAL DO VALE