domingo, novembro 24, 2024
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PMs de Anápolis suspeitos de forjar confronto têm prisão preventiva decretada por morte de jovem

Seis PMs são acusados de forjar confronto para execução de jovem durante uma ação policial.

Seis Policiais Militares (PMs) de Anápolis tiveram prisão preventiva decretada por suposto envolvimento na morte do jovem Lucas Eduardo de Lima Dutra, de 22 anos. Ele foi morto no dia 25 de maio deste ano, durante uma ação policial na Vila Operária, no mencionado município. O grupo é suspeito de forjar confronto para executar a vítima.

Os acusados são Denilson de Oliveira Custódio, Thiago Marcelino Machado, Isac Fernando Bastos de Sousa, Errolflyn Ferreira Guimarães, Johnathan Ribeiro de Araújo e Regis Aires Ribeiro.

De acordo com o Ministério Público (MP), no dia do crime, os policiais estavam em busca de autor de um roubo de um telefone celular e foram direcionados por um dono de uma boca de fumo até a casa de Lucas.

Jovem morto durante abordagem

O dono da boca de fumo apontou Lucas como autor do roubo, após ficar por meia hora dentro de uma viatura com os policiais militares Thiago Marcelino e Isac Fernando. Ao chegar ao local, havia uma outra viatura, descaracterizada, ocupada pelos denunciados Johnatan Ribeiro e Regis Aires, que levaram o delator de volta à sua casa.

De acordo com as investigações, Thiago Marcelino, Isac Fernando, Denilson de Oliveira e Errolflyn Ferreira se encontraram e, em comum acordo, realizaram a abordagem, sendo recebidos pela companheira de Lucas. Ao perceber o movimento, detalha a investigação, a vítima fugiu e pulou o muro, escondendo-se no terreno ao lado, que estava tomado pelo mato alto.

Enquanto Thiago, Isac e Denilson foram atrás de Lucas, o Errolflyn manteve a mulher na porta de casa, impedindo-a de tentar ajudar o companheiro ou de buscar ajuda para ele depois de ouvir os seis disparos de arma de fogo que o mataram na hora.

Confronto forjado

A denúncia aponta que os policiais demoraram até chamar o Corpo de Bombeiros para prestar socorro. Além disso, o Ministério Público aponta que os policiais teriam cometido fraude processual ao afirmar que os disparos foram efetuados só depois que Lucas teria atirado contra eles, tese não confirmada no exame cadavérico. O laudo mostra que, quando recebeu os tiros, a vítima estava agachada e com sinais de que havia sido algemada, impossibilitando sua defesa.

De acordo com a peça acusatória, após o crime, os policiais Johnathan Ribeiro e Regis Aires, usando a viatura descaracterizada, teriam levado a companheira de Lucas até o terminal rodoviário da cidade de Anápolis e a obrigado a embarcar para Araguaína, no Tocantins, sua cidade natal.

Para os promotores, mesmo não tendo efetuado os disparos que mataram Lucas, os denunciados Errolflyn, Johnathan e Regis foram essenciais para o ocorrido, já que Denilson, Thiago e Isac puderam agir sem nenhuma interferência.

O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa dos acusados. O espaço segue aberto para manifestação. O portal também aguarda retorno da Polícia Militar sobre o assunto.

FONTE: MAIS GOIÁS

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