Na noite de quarta-feira (3), o cantor João Carreiro, 41 anos, conhecido por sua participação na dupla “João Carreiro e Capataz,” faleceu durante um procedimento cirúrgico para a troca de uma válvula cardíaca. O cantor havia comunicado aos fãs nas redes sociais sobre a intervenção para corrigir um “prolapso da valva mitral”, uma condição cardíaca.
O médico cardiologista Heron Rached, doutor em cardiologia pela USP (Universidade de São Paulo), explicou a Folha de São Paulo que o prolapso da valva mitral é uma condição que pode variar de algo simples a mais grave, necessitando, em alguns casos, da troca da válvula. Rached esclareceu que, na cirurgia, é feita uma abertura no tórax do paciente para a retirada da válvula danificada e a inserção da prótese.
A cirurgia de troca valvar mitral é geralmente considerada tranquila, mas, infelizmente, o desfecho não foi favorável no caso de João Carreiro. A cardiologista Paola Smanio, líder médica da cardiologia do Fleury Medicina e Saúde, ressaltou que complicações são possíveis, e a literatura aponta um risco de até 3,5% em cirurgias desse tipo.
“Indivíduos que já tenham arritmia cardíaca, fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, ou seja, o coração não funciona de forma adequada, têm maior risco”, afirmou Smanio. Os riscos envolvem sangramento, tempo prolongado de circulação extracorpórea, presença de êmbolos no coração ou arritmias no pós-operatório, sendo necessário avaliar as condições específicas de cada paciente.
FONTE: MAIS GOIÁS
