quarta-feira, outubro 9, 2024
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Em Goiás, cuidadora é presa suspeita de dar golpes de mais R$ 700 mil em três idosas

Conforme a PC, a suspeita chegou a vender um apartamento de uma das idosas que custava R$ 1 milhão, mas ao ser descoberta devolveu R$ 440 mil para família. Os fatos ocorrem há quatro anos.

A cuidadora Samara Alves de Andrade de 25 anos, foi presa pela Polícia Civil (PC), por ser suspeita de dar golpes que somam mais R$ 700 mil em três idosas da própria família, com idades entre 91 e 98 anos, em Goiânia. Conforme a PC, Samara chegou a vender um apartamento de uma das idosas que custava R$ 1 milhão, mas ao ser descoberta devolveu R$ 440 mil para família.

Samara disse para a PC que realizou as transferências, mas que iria devolver os valores para a família, mas em depoimento, entrou em contradição em relação crime.

Duas das vítimas são tias da suspeita e a outra é cunhada de uma das tias dela. A PC disse que ela chegou a comprar um carro de luxo, um Honda HR-V, à vista que foi apreendido. A prisão aconteceu na última segunda-feira (8) na operação Falsus da Delegacia Especializada no Atendimento a Pessoa Idosa (Deai) que teve apoio da Polícia Militar (PM).

As investigações iniciaram no dia 4 de janeiro deste ano após uma sobrinha das vítimas denunciar à polícia que elas haviam sofrido golpes da cuidadora. Os fatos ocorriam há quatro anos.

Vítimas enganadas

O delegado Alexandre Bruno de Barros, responsável pela investigação do caso, disse que a investigada trabalhou na casa da primeira idosa por mais de dois anos e tinha a confiança dela a ponto de ser autorizada, por meio de procuração pública, a movimentar as contas bancárias da mesma.

“Ela transferia os valores para conta dela e também para conta de terceiros, neste último caso, vamos investigar se essas pessoas sabiam desses valores. Inclusive, existem outras vítimas e por isso a divulgação das fotos dela está autorizada”, Alexandre.

A idosa era servidora pública federal aposentada, não era casada e não possui filhos. Ela morreu há dois anos por causas naturais. De acordo com a PC, a idosa era equilibrada com os gastos e tinha um patrimônio. Ciente da situação, a suspeita passou a fazer diversos desvios de sua conta.

A família só descobriu os desvios após a morte da idosa quando houve a partilha de bens. O delegado disse que a suspeita era uma boa cuidadora e que a família gostava do seu trabalho. Com isso, a jovem acabou sendo contratada para cuidar de outra idosa que é surda e irmã da vítima falecida.

No dia 5 de janeiro, no seu primeiro dia de trabalho, a suspeita já tinha posse do cartão bancário da segunda vítima e realizou um saque de R$ 2 mil, mas neste momento ela já estava sendo monitorada pela PC.

Além das duas vítimas, ela também trabalhou na casa da cunhada de uma das idosas e também fez transferências. O prejuízo foi de R$ 40 mil.

A suspeita se indiciada e condenada, ela poderá responder por estelionato e exploração financeira contra idosos. A pena pode chegar a mais de 10 anos.

Audiência de custódia

A reportagem do JORNAL DO VALE apurou que nesta terça-feira (9), a suspeita passou pela audiência de custódia, ocasião em que a sua prisão foi convertida em prisão preventiva.

FONTE: JORNAL DO VALE

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